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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Choque cultural - Até onde é bom e até onde atrapalha


Antes de começar, vamos às apresentações, certo?

Pois bem, sou Doushi Clef, o guru das notícias otakus deste blog. E como minha primeira postagem, vou abordar um tema razoavelmente discutido em conversas sobre o assunto, mas que a meu ver deveria ganhar um pouco mais de atenção por parte dos fãs da arte oriental: o choque de culturas.

Quem é cristão praticante e já leu ou assistiu os OVA’s de Angel Sanctuary deve ter reagido de duas formas diferentes: continuou a ler a história sem se preocupar muito com o contexto (isso é, se a pessoa realmente gostou da história) ou então parou logo nas primeiras páginas achando que aquilo tudo era uma heresia sem fim.

Vamos ressaltar aqui um ponto importante que é o público alvo dos animes e dos mangás: A nação nipônica.

Segundo pesquisas, apenas 1% da população japonesa é cristã. Em outras palavras, anjos e demônios para os japoneses não significam outra coisa senão figuras de uma crença que não faz parte do cotidiano do povo da terra do sol nascente. Portanto o que para muitos aqui pode ser considerado herege ou satânico para nós é encarado como algo comum para outros.

Outro ponto importante (quem é fã das obras da CLAMP sabe do que eu estou falando) é a presença de homossexuais em algumas histórias. Isso é claro varia também de pessoa pra pessoa, mas novamente há a questão da cultura. Afinal, o que pode ser encarado como absurdo para um povo, é algo normal para outro.

A intenção aqui não é defender a bandeira deste ou daquele lado, mas sim deixar claro que certas coisas vieram de culturas diferentes e são voltadas para culturas diferentes. Afinal chega a ser absurdo, por exemplo, imaginar Masami Kurumada fazendo Saint Seiya imaginando a repercussão que seu anime teria na Grécia quando a preocupação dele é que a história fizesse sucesso em sua pátria-mãe.

A proposta aqui é que não deixem uma divergência cultural apagar o brilho de uma obra. Pode-se estar deixando de lado uma obra-prima por causa de um simples detalhe.


Postado por Doushi Clef

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